sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Vacina para gato: conheça os protocolos para cada fase de vida

Alguns termos que os veterinários usam podem acabar confundindo o tutor. É o caso da vacina para gato. Com tantos nomes complicados de doenças, é compreensível que haja muita confusão, mas nossa missão é descomplicar! Venha com a gente!

vacina para gato

No geral, a decisão de quais vacinas o gato precisa tomar é do médico-veterinário. Porém, como conhecimento nunca é demais, é importante que o tutor saiba os tipos de vacina que existem e os protocolos vacinais usados. 

Exames necessários antes da vacinação

Vacinar um gato não é o mesmo que vacinar um cão. Para os gatos, o estilo de vida é importante para decidir o protocolo vacinal que será utilizado em cada caso. Exames de sangue para testar contra Fiv e Felv são primordiais antes de vacinar o bigodudo, por exemplo.

Tipos de vacinas

Existem basicamente dois tipos de vacina para gato: as monovalentes, que o protegem de uma única doença, e as polivalentes, que fazem a prevenção de duas ou mais enfermidades. Estas são conhecidas como “V” e um número ao lado, que indica a quantidade de doenças que previnem.

Vacinas polivalentes

As vacinas polivalentes ou múltiplas são chamadas de V3 (tríplice), V4 (quádrupla) e V5 (quíntupla). Elas protegem contra três, quatro ou cinco doenças infectocontagiosas dos gatos, respectivamente.

A vacina V3 atua na proteção contra a rinotraqueíte infecciosa felina, a calicivirose felina e a panleucopenia felina. Ela é reconhecida como uma vacina essencial dos felinos pelos protocolos vacinais internacionais.

Já a V4 promove a produção de anticorpos contra todas as doenças da V3 e contra a clamidiose felina. Já a vacina V5 para gatos é contra todas as doenças da quádrupla junto à leucemia felina.

Vacinas monovalentes

A vacina do tipo monovalente mais conhecida é a vacina contra o vírus da raiva, que é fatal e uma importante zoonose. Também existe aquela que protege o animal contra o fungo Microsporum canis, mas ela não entra no protocolo vacinal regular.

De todas as vacinas para gatos citadas acima, somente a vacinação antirrábica é obrigatória em todo o território nacional. Ela é fornecida gratuitamente pelo governo. No entanto, para a saúde do gato, as polivalentes também são essenciais.

vacina para gato

Doenças que as vacinas polivalentes previnem

Rinotraqueíte infecciosa felina

É uma doença do trato respiratório superior dos gatos causada por um alphaherpesvírus do tipo I que só acomete essa espécie. Cerca de 90% dos gatos é portador desse vírus, por isso, é muito difícil erradicá-la, sendo a vacinação felina a melhor forma de preveni-la.

Os sintomas são parecidos com os de uma gripe, como espirros, tosse, febre, falta de apetite, secreção ocular e nasal abundante, purulenta ou não. O tratamento é feito com terapia de suporte e antibióticos, se houver infecção bacteriana secundária.

Calicivirose felina

A calicivirose felina também é uma doença causada por um vírus. Ela é altamente contagiosa e acomete o trato respiratório superior do felino. A forma de transmissão é igual à do herpesvírus felino e os sintomas também, por isso, elas são facilmente confundidas.

A diferença entre as duas, porém, é que o calicivírus provoca úlceras na mucosa oral, no palato mole e na língua. Nos animais com baixa imunidade, pode ser grave. O tratamento também é de suporte e com antibióticos, no caso de bactérias secundárias.

Panleucopenia felina

É causada por um parvovírus, a partir do qual deriva o vírus da parvovirose canina. Causa gastroenterite (sanguinolenta ou não), muitos vômitos, falta de apetite e febre. Pode levar filhotes ao óbito. Como com os outros vírus, o tratamento é suporte.

Clamidiose felina

Essa doença é causada por uma bactéria chamada Chlamydophila felis, que preferencialmente afeta a conjuntiva do pet, causando conjuntivite. Sinais respiratórios não são comuns, mas podem ocorrer. É uma zoonose importante em pessoas imunocomprometidas.

Leucemia felina

A leucemia felina é a doença viral mais temida dos felinos e enfraquece o sistema imunológico do animal, deixando-o sujeito a outras infecções, causando tumores (linfomas ou leucemia) e doenças degenerativas. Essa doença deve ser prevenida com a vacina para gato!

Ela passa por contato constante com as secreções e excreções do gato contaminado. É uma enfermidade muito temida, pois se mostra de muitas formas que podem ser graves e levar o animal ao óbito. Não há tratamento, por isso a vacina para os grupos de risco é tão importante.

Protocolo vacinal

O calendário vacinal de gatos varia conforme a idade do pet, os resultados de seus exames e seu estilo de vida. Este fator é importante, pois gatos que saem para a rua não podem ter o mesmo protocolo de gatos domiciliados, já que têm muito mais risco de adoecer.

Vacinando filhotes

A primeira vacina para gato deve ser aplicada aos dois meses de idade, já que, antes disso, há interferência na vacinação pelos anticorpos maternos. Depois, há mais duas doses com intervalo de 30 dias. No mesmo dia da última dose, é possível administrar a vacina contra a raiva.

Vacinando filhotes com até 6 meses ou mais

Para gatos entre 16 semanas e 6 meses de vida, aplica-se somente duas doses da polivalente e da antirrábica, com reforço da polivalente entre 6 e 12 meses. Animais com mais de seis meses recebem somente as duas doses da polivalente com a antirrábica. 

Atualmente, recomenda-se a frequência de reforço de acordo com o estilo de vida do gato. Gatos domiciliados, de apartamento, sem contato com outros animais/meio externo, podem ser vacinados a cada 2 anos. Gatos com acesso à rua devem ser vacinados anualmente.

vacina-para-gato

Esperamos ter esclarecido as dúvidas sobre a vacina para gato. Caso precise aplicar as vacinas no seu gatinho, leve-o à unidade Seres mais próxima e apaixone-se por nosso atendimento e por nossa equipe!

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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Gato pode tomar dipirona, mas somente sob prescrição!

Medicar os gatos não é tarefa fácil para nenhum tutor. Imagina, então, se for a dipirona! Seu gosto ruim dificulta muito o processo. Mas será que gato pode tomar dipirona?

Gato deitado.

A dipirona é um antipirético, ou seja, ajuda a baixar a nossa temperatura quando estamos com febre. Também é um analgésico que utilizamos bastante, comprado sem receita, e o melhor: a um preço muito acessível. Então, por que não dar dipirona para gatos?

Se o gato está apresentando sintomas parecidos com os nossos quando tomamos a dipirona, é muito óbvio que, se ela funciona para nós, também funciona para ele. Mas gato pode tomar dipirona? Ela realmente funciona para felinos? Em qual dosagem e frequência de administração?

Saber responder essas perguntas é de extrema importância para não intoxicar o gato, que por conta de uma deficiência enzimática do fígado, é mais propenso a esse quadro. Por isso, só medique seu felino com medicamentos prescritos pelo veterinário, combinado?

Quando a dipirona é indicada para o gato?

Se você chegou até aqui, é porque tem dúvidas sobre esse medicamento. Então, vamos lá: gato pode tomar dipirona, é uma prática comum o veterinário prescrevê-la como analgésico e antipirético para a espécie e ela funciona como para nós.

Dose da dipirona para gatos

Antes de sair respondendo quantas gotas de dipirona pode dar para um gato, é preciso entender como se chega a essa resposta. Sua dosagem é calculada de acordo com o peso do animal e seu grau de hidratação, além da consideração da situação do fígado e rins do animal.

Por isso, batemos na tecla: só medique seu animal com prescrição, pois somente o médico-veterinário é capaz de avaliar os parâmetros citados acima. Se dermos uma dose baixa, não fará o efeito desejado. Se for alta demais, intoxica o animal. Ambos os casos resultam em sofrimento!

Então, não existe uma resposta pronta para a dose de dipirona para gatos, pois ela é individual e específica para cada gatinho. Não acredite em receitas milagrosas do vizinho que curou o animal com a dipirona. Além de colocar o pet em risco, ainda pode ter mascarado uma doença.

Meu veterinário prescreveu a dipirona, como dar para meu gato?

Voltemos ao ponto onde medicar gatos não é tarefa fácil. Podemos facilmente enganar muitos cães com o remédio escondido em um pedaço de carne ou petisco, mas com o gato isso não dá muito certo.

Gato deitado.

Provavelmente seu veterinário prescreveu a dipirona em gotas devido ao peso do gato. Esse tipo de apresentação do medicamento tem uma concentração que permite dar a dose certinha para o peludo. Siga o passo a passo:

  • coloque a quantidade de gotas prescrita em uma colher;
  • cuidadosamente adicione um pouco de água de forma que o conteúdo final não ultrapasse 1 ml;
  • puxe todo o conteúdo da colher com uma seringa que tenha bico (tipo luer slip);
  • peça ajuda para alguém ajudar a segurar o bichano (se ele não for muito dócil, enrole-o em uma toalha para ninguém se machucar);
  • com uma das mãos, segure a cabeça do gato, posicionando os dedos sobre a mandíbula dele, com firmeza, mas sem apertar;
  • com a outra mão segurando a seringa, coloque-a na lateral da boca do gato logo atrás do canino e pressione o êmbolo para esguichar o líquido.

O gatinho pode “babar” por vários minutos. Contudo, não se preocupe, é normal com essa medicação.

E se meu gato vomitar a dipirona, o que eu faço?

Alguns gatinhos podem vomitar logo após a administração da dipirona. Se isso acontecer, não dê o remédio novamente. Avise ao seu veterinário do ocorrido, ele irá decidir o que fazer. O gato pode tomar dipirona, mas não é para ficar vomitando.

Posso misturar a dipirona na ração úmida?

Essa é uma boa pergunta. Alguns gatinhos podem nem perceber que o remédio está lá, de tanto que adoram a ração úmida e a comem gulosamente. No entanto,  a grande maioria dos desconfiados irão rejeitar o alimento. Por isso a resposta não é fácil: você terá que tentar e ver a reação do peludo.

Não consigo medicar meu gato de jeito nenhum, e agora?

Converse com seu veterinário sobre as opções para medicar seu gatinho com segurança. De nada adianta saber que pode dar dipirona para gato se ele não aceita ser medicado.

Uma boa alternativa para administrar medicamentos para esses gatinhos mais difíceis é o remédio manipulado. Ele será feito de acordo com a prescrição do veterinário e personalizado para o gosto do pet.

É possível fazer o medicamento manipulado em diversas apresentações: biscoitinho, pó, pasta, cápsula e xaropes no sabor preferido dele. 

Errei a dose da dipirona, o que pode acontecer?

Caso você tenha dado a medicação a mais do que foi prescrito, o bichano pode se intoxicar. Fique atento para sinais como letargia, falta de apetite, sonolência excessiva, vômitos e queda da temperatura do corpo. Se notar esses sintomas, busque atendimento veterinário imediatamente.

Mas se você deu dose a menos, isso não é tão preocupante, pois o que vai acontecer é que a dipirona não terá o efeito desejado. Se você percebeu o erro logo após ter dado ao gato, pode dar o restante. Caso contrário, na próxima dose, preste mais atenção.

Gato deitado.

Agora você já sabe: gato pode tomar dipirona, mas sob prescrição veterinária! Ainda está com dúvidas? Aproveite para conhecer o Hospital Veterinário Seres, estamos à disposição para conversar com você e conhecer o bichano!

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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Vamos descobrir se pode dar Buscopan para gatos?

Os gatos estão ganhando espaço dentro dos lares brasileiros e, em breve, a expectativa é que ultrapassem o número de cães. Os felinos têm suas particularidades, por isso, medicá-los exige muita cautela. Hoje falaremos sobre o Buscopan para gatos.

Gato deitado.

É sabido que os gatos têm maior propensão a desenvolver problemas urinários e apresentam os mesmos sintomas de cistite que os humanos. Como o Buscopan promove alívio rápido de tudo que essa doença provoca para nós, é claro que pensamos em fazer o mesmo pelo nosso peludo!

No entanto, pensando em rapidamente ajudar o animal, podemos, na verdade, prejudicá-lo. Seja por falta de orientação ou desconhecimento sobre os efeitos colaterais, é comum o tutor intoxicar seu pet. Sendo assim, vamos entender se pode dar Buscopan para gato.

Intoxicação medicamentosa

A intoxicação medicamentosa ocorre com frequência nos gatos. Ela pode ser causada pela ingestão acidental, quando o pet “rouba” o remédio de seu tutor, ou quando este cai no chão e o pet o ingere. No entanto, como o gato é muito seletivo com o que come, essa não é a causa mais comum.

Causa mais comum de intoxicação medicamentosa no gato

O que mais acontece é o tutor administrar medicamentos sem prescrição, comprados em farmácia e sem receita, extrapolando doses e indicações em doenças dos cachorros. Ao tratar os felinos como cachorros pequenos, porém, ele acaba dando Buscopan para gatos.

Entretanto, quando comparamos um cachorro e um gato intoxicados, este acaba tendo consequências muito mais graves, pois a biotransformação de substâncias na espécie é deficiente, e sua hemoglobina é mais sujeita a sofrer oxidação e morrer.

Biotransformação de substâncias nos gatos

A biotransformação deficiente na espécie ocorre por conta da baixa concentração de uma enzima, o que faz com que a concentração de algumas substâncias no corpo do animal permaneça alta por mais tempo, intoxicando-o.

A função da biotransformação é transformar as substâncias em outras, que podem ou não estar inativadas. Isso faz com que a eliminação delas ocorra pela urina e/ou pelas fezes. É por isso que o gato fica intoxicado mais facilmente do que o cachorro.

Origem do Buscopan

O Buscopan é um medicamento que tem como princípio ativo a escopolamina, também chamada de hioscina. Ela é naturalmente extraída das plantas da família Solanaceae, como a Atropa belladona e a Brugmansia suaveolens, que é a mais encontrada no Brasil.

Brugmansia suaveolens

Essa planta é conhecida como trombeteira por causa das flores em forma de trombeta, sendo usada como planta ornamental. A escopolamina é encontrada em toda a planta, mas tem maior concentração nas sementes. Muitos acidentes são relatados a partir de sua ingestão pelos gatos, seja pelo hábito de beberem a água do pratinho que fica embaixo do vaso dela, seja por brincarem com suas folhas e flores.

Quando essa ingestão acontece, o felino apresenta sintomas de toxicidade no sistema nervoso central, pois a escopolamina tem a capacidade de causar alucinações. Inclusive, a planta foi utilizada por muito tempo como alucinógeno.

Além disso, a substância altera os batimentos cardíacos, aumentando-os, assim como faz com a pressão arterial. Também provoca náuseas, vômitos, constipação, diminuição na produção da urina, aumento na ingestão de água, febre, alterações respiratórias e sensação de boca seca.

Gato deitado.

Buscopan para gatos

Você deve estar se perguntando se pode dar Buscopan para gatos, afinal. A resposta é não. Antigamente, o medicamento foi bastante utilizado na espécie por causa de sua predisposição a ter problemas urinários, que causa contração da uretra. Isso porque o Buscopan melhora esse sintoma.

No entanto, foi por causa desse uso que os médicos-veterinários perceberam a alta incidência dos efeitos deletérios do Buscopan para gatos. Então, a medicação foi desconsiderada como medicamento para a espécie. Todos os sintomas descritos acima são possíveis, mas a excitação é o mais comum.

Gato com dor para urinar

Os gatos, quando estão com problemas urinários, sentem dor como nós e demonstram isso de diversas formas: miando mais alto e prolongado quando vão até a caixa de areia, lambendo excessivamente sua genital e “errando” o local correto de urinar.

Além disso, o tutor pode notar a presença de sangue na urina e quantidade diminuída dela na caixa de areia, bem como falta de apetite, emagrecimento e vômito por dor. Então, o que fazer com o gato com dores no sistema urinário? O recomendado é levá-lo ao veterinário, pois o problema pode ter diversas causas, por isso, tratamentos diferentes de acordo com elas.

Uma vez que não existe uma dosagem de Buscopan para gatos que seja segura, esse medicamento não fará parte daqueles que serão prescritos para o animal pelo médico-veterinário.

Porém, o analgésico para gato certamente fará parte dessa lista, pois a permanência da dor causa aumento do cortisol, o que aumenta a predisposição do animal a infecções, dentre outros efeitos danosos.

Concluindo, o Buscopan para gatos não é mais recomendado. Procure um veterinário especialista em felinos para orientá-lo melhor sobre os medicamentos permitidos para a espécie. No Seres, você encontra esse profissional e uma equipe treinada para atender felinos. Venha nos conhecer!

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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Gato com ferida exposta: o que pode ser?

Gato com ferida exposta é um problema recorrente entre os tutores. Há diversos motivos que podem resultar em um machucado, sejam elas por traumas físicos, doenças genéticas ou contraídas de outros animais. Vamos compreender quais são as causas mais comuns desse problema.

Gato listrado deitado.

Quedas

Os felinos são conhecidos por serem animais habilidosos, capazes de escalar e saltar grandes alturas. Infelizmente, alguns podem “errar o cálculo” da altura ou distância e acabar caindo. A queda pode gerar torções, fraturas ou deixar o gato com ferida exposta caso ocorra esfoliação/machucado em alguma parte do corpo. 

Brigas 

É provável que seu bichano goste de passear na rua, especialmente durante a noite. Machos que não são castrados costumam brigar entre si, disputando a fêmea ou disputando território.

Devido a esse comportamento, é comum que os tutores encontrem machucados causados por arranhões e mordidas de outro animal. Se o gato permanecer alguns dias desaparecido e ferido, agravam-se os sintomas, e o tratamento será mais trabalhoso. Além disso, nas brigas podem adquirir doenças, como FIV e esporotricose.

Pulga

Pulgas estão entre os parasitas em  gatos mais encontrados. Elas se alimentam do sangue do animal, e estima-se que cada vez que uma pulga sobe no corpo do gato, ela confere pelo menos dez picadas. Esse intenso incômodo gera muita coceira, além de transmitir doenças. Ao se coçar, o animal pode se ferir.

Sarna

Diversos ácaros são responsáveis pela sarna em gatos. Alguns provocam queda de pelo, outros habitam os ouvidos, e outros, ainda, formam crostas na pele. Independentemente do agente causador, todas as sarnas são capazes de provocar feridas.

Esporotricose

A esporotricose é tida como uma das mais importantes micoses felinas. O gato a contrai quando é arranhado/mordido por um animal infectado ou quando tem uma ferida aberta e entra em contato com solo, plantas ou madeira contaminados. Essa doença também é transmitida ao humano. 

A forma cutânea da esporotricose atinge principalmente o nariz e membros, mas pode ocorrer em qualquer área do corpo. Forma lesões avermelhadas, ulceradas e sanguinolentas de difícil cicatrização.

Dermatofitose

Essa também é uma doença causada por fungo e transmitida aos humanos. O fungo se alimenta da pelagem do animal, deixando muitas falhas de pelo. Se não tratada a tempo, pode ocorrer contaminação por bactérias, piorando o quadro clínico da ferida. A transmissão é pelo contato com outro gato ou objeto contaminado.

Acne 

A acne felina se manifesta principalmente no queixo e no lábio inferior. Muitos tutores observam uma sujeira no queixo que não sai. Essa é uma desordem muito comum e afeta animais de qualquer idade, sendo mais comum nos adultos. 

A acne apresenta feridas superficiais na pele, como pontos pretos ou espinhas, que evoluem para um inchaço e inflamação por conta da secreção. Em animais com a pelagem escura, a visualização é mais difícil.

Alergias

As pulgas e certos tipos de alimentos são as principais causas de alergia em gatos. Em ambos os casos, o animal sente uma coceira intensa quando entra em contato com a saliva da pulga ou um componente do alimento. Ao se coçar, ele se fere e, consequentemente, necessita de um diagnóstico minucioso feito pelo médico-veterinário.

Gato listrado deitado.

Vírus

O vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o da leucemia felina (FELV) são transmitidos entre os gatos através do contato próximo, mordedura, arranhadura ou relação sexual. São doenças graves que comprometem o sistema imunológico do animal.

Complicações

O odor e a secreção da ferida podem atrair moscas que depositam ovos dando origem a larvas. As larvas vão se desenvolver na musculatura do bichano dando origem às miíases (bicheiras).

Gato com ferida exposta que não é tratada imediatamente corre o risco de desenvolver infecções locais ou generalizadas, além de abscessos (coleção de pus embaixo da pele).

Tratamento

Os tratamentos variam. Podem ser simples, limpando o local com soro fisiológico e aplicando pomadas e produtos cicatrizantes. Outras feridas precisam ser fechadas com gazes e curativos. Também existe a medicação oral com antibióticos, anti-inflamatórios e antifúngicos. 

Sempre um médico-veterinário deve ser consultado para saber como tratar feridas em gatos. Como vimos, diversas são as causas do gato com ferida exposta, e existem doenças graves e importantes que necessitam de mais atenção. 

Prevenção

Não permitir que o bichano tenha acesso à rua evita uma série de problemas e doenças. Como vimos, doenças causadas por fungos, vírus e sarnas são transmitidas entre os animais, portanto, se possível, permita que seu gato tenha contato somente com animais saudáveis.

A castração também é muito recomendada, pois o peludo perde o interesse em sair à rua para se acasalar, evitando, portanto, fugas e brigas. Telar as janelas de apartamentos evita quedas e fatalidades. Se possível, tele também o quintal de casas térreas. 

As doenças alérgicas muitas vezes não são identificadas em um primeiro momento e levam um período maior para receberem um correto diagnóstico. Evitar que o bichano tenha pulgas lançando mão de produtos como coleiras, pipetas ou comprimidos, diminui os sintomas de alergia e traumatismo por coceira.

Gato deitado na cama.

Buscar medidas alternativas e medicações caseiras para o gato com ferida exposta não é aconselhável. Uma ferida maltratada pode trazer ainda mais complicações. O Centro Veterinário Seres conta com profissionais altamente qualificados para ajudar você e seu bichano da melhor forma possível. Consulte nossas unidades no site.

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O que fazer em caso de mordida de cachorro em gato

Embora haja muitas histórias lindas de amizade entre cães e gatos, a grande maioria desses pets não se dá tão bem assim. Essa rivalidade tão...