Alguns termos que os veterinários usam podem acabar confundindo o tutor. É o caso da vacina para gato. Com tantos nomes complicados de doenças, é compreensível que haja muita confusão, mas nossa missão é descomplicar! Venha com a gente!
No geral, a decisão de quais vacinas o gato precisa tomar é do médico-veterinário. Porém, como conhecimento nunca é demais, é importante que o tutor saiba os tipos de vacina que existem e os protocolos vacinais usados.
Exames necessários antes da vacinação
Vacinar um gato não é o mesmo que vacinar um cão. Para os gatos, o estilo de vida é importante para decidir o protocolo vacinal que será utilizado em cada caso. Exames de sangue para testar contra Fiv e Felv são primordiais antes de vacinar o bigodudo, por exemplo.
Tipos de vacinas
Existem basicamente dois tipos de vacina para gato: as monovalentes, que o protegem de uma única doença, e as polivalentes, que fazem a prevenção de duas ou mais enfermidades. Estas são conhecidas como “V” e um número ao lado, que indica a quantidade de doenças que previnem.
Vacinas polivalentes
As vacinas polivalentes ou múltiplas são chamadas de V3 (tríplice), V4 (quádrupla) e V5 (quíntupla). Elas protegem contra três, quatro ou cinco doenças infectocontagiosas dos gatos, respectivamente.
A vacina V3 atua na proteção contra a rinotraqueíte infecciosa felina, a calicivirose felina e a panleucopenia felina. Ela é reconhecida como uma vacina essencial dos felinos pelos protocolos vacinais internacionais.
Já a V4 promove a produção de anticorpos contra todas as doenças da V3 e contra a clamidiose felina. Já a vacina V5 para gatos é contra todas as doenças da quádrupla junto à leucemia felina.
Vacinas monovalentes
A vacina do tipo monovalente mais conhecida é a vacina contra o vírus da raiva, que é fatal e uma importante zoonose. Também existe aquela que protege o animal contra o fungo Microsporum canis, mas ela não entra no protocolo vacinal regular.
De todas as vacinas para gatos citadas acima, somente a vacinação antirrábica é obrigatória em todo o território nacional. Ela é fornecida gratuitamente pelo governo. No entanto, para a saúde do gato, as polivalentes também são essenciais.
Doenças que as vacinas polivalentes previnem
Rinotraqueíte infecciosa felina
É uma doença do trato respiratório superior dos gatos causada por um alphaherpesvírus do tipo I que só acomete essa espécie. Cerca de 90% dos gatos é portador desse vírus, por isso, é muito difícil erradicá-la, sendo a vacinação felina a melhor forma de preveni-la.
Os sintomas são parecidos com os de uma gripe, como espirros, tosse, febre, falta de apetite, secreção ocular e nasal abundante, purulenta ou não. O tratamento é feito com terapia de suporte e antibióticos, se houver infecção bacteriana secundária.
Calicivirose felina
A calicivirose felina também é uma doença causada por um vírus. Ela é altamente contagiosa e acomete o trato respiratório superior do felino. A forma de transmissão é igual à do herpesvírus felino e os sintomas também, por isso, elas são facilmente confundidas.
A diferença entre as duas, porém, é que o calicivírus provoca úlceras na mucosa oral, no palato mole e na língua. Nos animais com baixa imunidade, pode ser grave. O tratamento também é de suporte e com antibióticos, no caso de bactérias secundárias.
Panleucopenia felina
É causada por um parvovírus, a partir do qual deriva o vírus da parvovirose canina. Causa gastroenterite (sanguinolenta ou não), muitos vômitos, falta de apetite e febre. Pode levar filhotes ao óbito. Como com os outros vírus, o tratamento é suporte.
Clamidiose felina
Essa doença é causada por uma bactéria chamada Chlamydophila felis, que preferencialmente afeta a conjuntiva do pet, causando conjuntivite. Sinais respiratórios não são comuns, mas podem ocorrer. É uma zoonose importante em pessoas imunocomprometidas.
Leucemia felina
A leucemia felina é a doença viral mais temida dos felinos e enfraquece o sistema imunológico do animal, deixando-o sujeito a outras infecções, causando tumores (linfomas ou leucemia) e doenças degenerativas. Essa doença deve ser prevenida com a vacina para gato!
Ela passa por contato constante com as secreções e excreções do gato contaminado. É uma enfermidade muito temida, pois se mostra de muitas formas que podem ser graves e levar o animal ao óbito. Não há tratamento, por isso a vacina para os grupos de risco é tão importante.
Protocolo vacinal
O calendário vacinal de gatos varia conforme a idade do pet, os resultados de seus exames e seu estilo de vida. Este fator é importante, pois gatos que saem para a rua não podem ter o mesmo protocolo de gatos domiciliados, já que têm muito mais risco de adoecer.
Vacinando filhotes
A primeira vacina para gato deve ser aplicada aos dois meses de idade, já que, antes disso, há interferência na vacinação pelos anticorpos maternos. Depois, há mais duas doses com intervalo de 30 dias. No mesmo dia da última dose, é possível administrar a vacina contra a raiva.
Vacinando filhotes com até 6 meses ou mais
Para gatos entre 16 semanas e 6 meses de vida, aplica-se somente duas doses da polivalente e da antirrábica, com reforço da polivalente entre 6 e 12 meses. Animais com mais de seis meses recebem somente as duas doses da polivalente com a antirrábica.
Atualmente, recomenda-se a frequência de reforço de acordo com o estilo de vida do gato. Gatos domiciliados, de apartamento, sem contato com outros animais/meio externo, podem ser vacinados a cada 2 anos. Gatos com acesso à rua devem ser vacinados anualmente.
Esperamos ter esclarecido as dúvidas sobre a vacina para gato. Caso precise aplicar as vacinas no seu gatinho, leve-o à unidade Seres mais próxima e apaixone-se por nosso atendimento e por nossa equipe!
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