quarta-feira, 25 de maio de 2022

Acompanhe conosco quanto tempo dura o cio do gato!

Para entender quanto tempo dura o cio do gato, vamos fazer uma incursão pelos ciclos estrais desses felinos? Gatas não castradas vão apresentar um ciclo de cio considerado normal, entre 4 e 7 dias. No entanto, existem individualidades com cios de dois dias, outras de até três semanas!

Gato preto sentando na grama.

Por serem consideradas fêmeas poliéstricas (“poli” = “muitos”; “estros” = “cios”), esperamos que elas entrem em cio várias vezes no decorrer do ano, até acasalar. Vamos explorar a seguir algumas particularidades. Vem com a gente!

Quando uma gata apresenta seu primeiro cio?

O primeiro momento do gato no cio ocorre na puberdade, ou seja, na maturidade sexual, e isso acontece perto dos seis meses de idade, contudo, está também atrelado à época do ano. 

O cio de gato possui várias fases, e o ciclo estral ou estro é onde a fêmea fica sexualmente receptiva, e está atrelado a fatores geográficos e ambientais, especialmente à temperatura e à luminosidade. Nas regiões tropicais e se os peludinhos ficam dentro de casa, o cio pode ocorrer o ano todo.

Como saber se minha gata está no cio?

Gatas não costumam sangrar durante o cio. Então, o que vai mostrar esse momento da vida delas está no comportamento de gato, que chega a se alterar, ficando “grudentas” de tão carinhosas.

Assim, querem atenção constante, rolam no chão, se esfregam muito mais nos tutores e nos móveis. Esses podem ser sinais de um gato querendo cruzar e, se durante o carinho na região das costas elas levantarem o quadril para o ar e vocalizarem, não se preocupe, isso pode muito bem ser o cio.

Existem gatas que demarcam objetos da casa com urina, cheia de hormônios para avisar outros gatos inteiros sobre sua receptividade. Isso pode fazer com que gatos da vizinhança ou de rua se aproximem.

Fases do ciclo estral em gatas

Existem cinco fases do cio nas gatas, que podem começar entre 6 e 9 meses de idade, sendo que as raças de pelo curto iniciam mais cedo, com 4 meses, e as de pelo longo podem demorar até 18 meses. 

No proestro, a gata pode até atrair machos inteiros, mas não fica receptiva ao acasalamento. Quanto tempo dura o cio do gato? Essa fase dura de 1 a 2 dias e, nesse momento, não existem muitos sinais de que a gata está começando o cio.

Na fase do estro, ou cio, que dura uma semana, a gata atrai os machos e fica receptiva a acasalar. Ela vai mostrar aqueles sinais escritos anteriormente, de vocalização, esfregação e elevação do quadril. Algumas fêmeas comem menos nesse momento. 

Nos felinos, é o acasalamento que induz a ovulação e, para que fiquem prenhes, as gatas costumam acasalar de 4 a 6 vezes durante o estro. Não estranhe se elas cruzarem com machos diferentes. No nascimento, teremos gatinhos com pais diferentes.

A fase de diestro acontece quando a gata emprenha; ela tem altas taxas do hormônio progesterona, que faz os ovócitos desenvolverem para embriões. Eles são implantados no útero 13 dias após o acasalamento. 

Se a gatinha não acasalar nem ficar prenhe durante o cio, entra no interestro. É um momento entre os cios, onde ela não mostra sinais específicos. Quanto tempo dura o cio do gato? Essa fase dura de dois dias até três semanas, ela está pronta para outro cio.

O anestro é um período de inexistência reprodutiva, praticamente não existe nos países tropicais. Já no hemisfério norte, nos gatos selvagens, os cios tendem a ocorrer da primavera ao outono.

Gato branco deitado.

E como evitar o cio nas gatas?

Agora que você sabe quanto tempo dura o cio do gato e quais os sinais ela apresenta, você pode querer interromper esse ciclo. Mas será que castrar uma gatinha é interessante? Quais as vantagens?

Antes de tudo, a resposta aos hormônios pode deixar a gata ansiosa para encontrar um companheiro e emprenhar. Suas vocalizações podem soar como agonia e ela pode até tentar escapar de sua casa para ir atrás de um gato.

Ainda temos a problemática de ser muito jovem, a depender de quanto tempo dura o cio do gato, ela estar ainda desenvolvendo seu corpo e haver complicações durante a prenhez, tanto para a mãe quanto para os filhotes.

Conforme explicamos, sempre que a gata não ficar prenhe, ela vai dar uma pequena pausa e reiniciar o ciclo, sempre com alteração comportamental que, em alguns casos, pode ser estressar a gatinha, levando à perda de peso, excesso de lambedura ou até problemas comportamentais.

Existe um mito comum de que as gatas serão mais amigáveis ​​e sociáveis ​​se puderem ter uma ninhada de gatinhos. Mas isso não se mostrou verdadeiro e acabou servindo só para aumentar o já grave problema da superpopulação de gatos de rua.

Gato em pé no jardim.

O médico-veterinário é a pessoa ideal para você conversar sobre castração e cio, tirar todas as suas dúvidas e ter a certeza de realizar o melhor para sua bichana, visando uma vida plena e saudável, em companhia de outros gatos e em harmonia com os humanos. A Seres te entende, vem conhecer nossa equipe!



segunda-feira, 23 de maio de 2022

O gato polidáctilo tem um charme a mais, confira!

A polidactilia é uma condição em que o animal apresenta um ou mais dedos além do que é normal. O gato polidáctilo tem mais de 18 dedinhos em suas patas — trata-se de uma deformidade congênita herdada dos pais.

Gato deitado.

Essa deformidade congênita não quer dizer que ele vai necessariamente precisar de atenção veterinária ou de algum tipo de tratamento, mas ela pode vir acompanhada de outras alterações que, aí sim, podem exigir atenção ou tratamento. 

O dedinho extra na pata de gato comumente é um tecido mole e sem conexão com o corpo (não tem ossos ou articulações). Às vezes tem ossos, mas não tem articulações; outras vezes é completo, com coxim e totalmente funcional.

A genética por trás da polidactilia

O aumento do número de dedinhos nos gatos está relacionado a uma mutação em um gene dominante que determina o número de dedos das mãos (patinhas da frente) ou dos pés (patinhas de trás). É considerada a mutação genética mais comum nos felinos. 

As patinhas da frente costumam ser mais afetadas do que as de trás. Quando o dedo extra se parece com um polegar, temos a impressão que o gato está usando uma luvinha de dois dedos, o que fica uma fofura no pet.

É extremamente raro o gato polidáctilo ter a polidactilia em todos os membros, mas há um registro no Guinness Book de um gato canadense com 28 dedos, sendo sete dedinhos em cada pata! O normal são cinco dedos na pata da frente e quatro dedos nas patas de trás.

Problemas relacionados à polidactilia

Geralmente o gato polidáctilo não tem problemas de saúde, mas é preciso investigar se a polidactilia não está associada à hipoplasia radial, que é quando o osso rádio cresce menos que a ulna, deixando o braço do animal deformado.

E também é preciso ficar atento às unhas do gato com polidactilia quando os dedos extras nascem no lugar dos polegares, uma vez que essas unhas dificilmente são gastas e afiadas, podendo crescer a ponto de machucar o animal. 

Além disso, podem enroscar em cobertores, cortinas ou outros tecidos e serem arrancadas total ou parcialmente, o que causa bastante dor e sangramento. Nesse caso, procure auxílio veterinário para seu gatinho.

O recomendado é que o tutor espalhe arranhadores pelo espaço em que o gato vive para que ele faça o desgaste natural de suas garras. Mesmo assim, às vezes é preciso cortar as unhas.

Corte das unhas do gato

Para cortar as unhas do gato é necessário conhecer a anatomia delas, pois dentro existe um vaso que, caso a unha seja cortada muito profundamente, pode sangrar, doer e traumatizar o peludo.

Para que o tutor faça esse procedimento em casa, é recomendado que realize em um ambiente com bastante luz ou com auxílio de uma lanterna para visualizar esse vaso e evitar acertá-lo.

Como as garras da maioria dos felinos são retráteis, para cortar as unhas do gato doméstico é preciso apertar os dedinhos dele, expondo as unhas e garantindo sua completa visualização.

Gato deitado.

Esqueci de cortar a unha do dedinho extra e ela entrou no coxim, o que eu faço?

Essa situação é bem comum e causa bastante dor e incômodo no animal. O ideal é levá-lo ao médico-veterinário para que ele faça o corte da unha e o tratamento da ferida.

No entanto, caso o tutor tenha experiência em cortar a unha do pet, ele pode fazer esse procedimento em casa. Se a unha estiver presa no coxim, vai ser preciso puxá-la após o corte. Depois disso, lave bem a ferida com água e sabão até sua completa cicatrização.

Para evitar que isso aconteça, mantenha uma rotina de corte de unhas. As unhas das patas da frente devem ser cortadas geralmente a cada 15 dias, já as unhas das patas de trás podem ser cortadas a cada 20 ou 25 dias.

Curiosidades sobre o gato com polidactilia

O escritor norte-americano Ernest Hemingway ganhou de presente uma gatinha polidáctila de um amigo. Ele batizou-a de Branca de Neve. Atualmente existem mais de 50 gatos descendentes da Branca de Neve no museu dedicado ao escritor.

Algumas culturas consideram os gatos de 6 dedos como amuletos da sorte. Por isso, os marinheiros costumavam ter gatos com essa característica nos navios para ter uma viagem segura.

A raça Maine Coon, conhecida como o gato gigante, era bastante famosa por apresentar a polidactilia. Felinos dessa raça possuem 40% mais chance de serem polidáctilos do que os outros gatos.

O gato polidáctilo pode ocorrer em qualquer parte do mundo, mas sua maior concentração acontece na Inglaterra e País de Gales, e, secundariamente, no leste do Canadá e dos Estados Unidos.

Benefícios da polidactilia

O dedo de gato é responsável pelo equilíbrio e preensão das patas nos momentos de escalada e caçada do animal. O gato com polidactilia tem as patas maiores e mais largas, o que o ajuda a realizar suas acrobacias e captura de presas com maior sucesso que os outros gatinhos.

Gato deitado olhando para o lado.

Enfim, o gato polidáctilo é um felino normal com uma fofura a mais! Você tem um gatinho com dedinhos extras? Então, sorte sua! Gostou de conhecer sobre esse assunto dos pets? Aproveite e confira mais artigos em nosso blog!



quinta-feira, 19 de maio de 2022

Saiba como identificar um gato com dor de dente e o que fazer

Seria muito tranquilo se nossos gatos pudessem nos dizer quando sua cavidade oral dói, não? Infelizmente, porém, um gato com dor de dente é mestre em esconder a dor. Parece haver um componente instintivo ancestral de quando demonstrar fraqueza podia significar a morte!

Gato deitado no colo do tutor.

Sendo assim, quando somos capazes de perceber os sinais inconfundíveis de que gato tem dor de dente ou dor na boca, como salivação excessiva ou bater os dentes, normalmente os problemas dentários já estão avançados…

Vem com a gente explorar os sinais sutis dos problemas no dente de gato, garantindo que os bichanos tenham atendimento precoce, mantendo qualidade de vida e longevidade.

Qual é a causa da dor bucal?

São várias causas que podem levar a um gato com dor na região oral. Doenças periodontais e reabsorção dentária, se não tratadas, levam à dor crônica e à infecções que podem afetar os órgãos!

Nas doenças periodontais, os felinos adultos podem ter inflamações ou infecções das gengivas, de leves a graves, afetando os tecidos ao redor dos dentes. Sem controle, pode levar a retração gengival, perda óssea e até infecção da raiz, deixando o gato com dor de dente.

Alguns bichanos têm reabsorção dentária, um estado com causas pouco compreendidas, mas que leva a lesões que formam cavidades nos dentes, ficando dolorosas conforme progridem e expõem a polpa dentária. Os dentes podem chegar a quebrar de tão frágeis.

Se você perceber alguns desses sinais, fique atento e pense em levar seu felino a uma consulta com o médico-veterinário, pois como ele esconde a dor, é preciso prestar atenção em outros sinais do gato com dor de dente:

  • mau hálito;
  • gengivas muito vermelhas;
  • acúmulo de tártaro;
  • pelo sem cuidado, especialmente nas costas e no quadril. Isso ocorre porque o gato deixa de fazer o autogrooming por dor na boca;
  • excesso de saliva ou saliva avermelhada ao redor da boca;
  • falta de apetite ou apetite extremamente seletivo, especialmente por alimentos úmidos ou enlatados;
  • diminuição do interesse em guloseimas difíceis;
  • estalo dos lábios, batendo os dentes;
  • perda de peso;
  • rosto inchado (edema facial);
  • corrimento nasal, com ou sem espirros;
  • relutância em esfregar as bochechas ou se deixar ser acariciado nessa região.

Lembrando que seu gato com dor pode não demonstrar nenhum desses sinais, ou então, serem muito sutis, mesmo quando o problema e a dor estiverem graves. Por isso, é importante pensar em levar seu bichano com regularidade ao veterinário. 

Ademais, os problemas dentários podem ter um fundo mais sério, como fraturas, abscessos na raiz do dente ou tumores orais. Por isso, um programa de check-up bucal pode ser um ótimo investimento, encontrando o problema no início e permitindo o tratamento correto.

Gato branco deitado no sofá.

E o melhor tratamento para gatos com dor de dente?

Pensando nas inúmeras possibilidades de origem da dor, tratar a raiz do problema é uma das possíveis atitudes do veterinário. Isso porque qualquer medicamento para ajudar o gato com dor de dente funcionará por curto período, uma vez que a origem do problema permanece.

Então, se remédio para dor de dente em gatos não é uma solução, o que pode ser feito? Alguns testes de sangue para verificar a possibilidade de uma anestesia geral e saber a saúde geral do seu bichano. Aproveitando que a anestesia é estressante, vários procedimentos podem ser feitos nesse momento.

Uma limpeza dental com a remoção de tártaro para ver todos os dentes. O tecido da gengiva também é analisado e, a critério médico, pode ser necessário um raio-x dentário para avaliar as raízes e se há alguma cavitação ou reabsorção dental.

Com todas essas informações em mãos, o veterinário poderá instaurar algum tratamento dentário específico para seu gato com dor de dente, como extração dentária pontual. Pode ocorrer prescrição de medicamentos orais, como antibióticos ou analgésicos.

Como a dor de dente pode ser prevenida?

Como os humanos cuidam dos dentes todos os dias, os gatos também precisam de tratamentos dentários regulares. Podemos pensar em duas frentes: a domiciliar e a veterinária, ambas complementares.

Acostumar seu gatinho desde filhote com a escovação dentária é uma excelente opção! Escovar uma vez ao dia impede que a placa bacteriana comece a endurecer e se transforme em tártaro. Mas caso seu bichano já seja adulto, aconselhamos uma conversa com seu veterinário sobre dicas de escovação ou de mastigadores.

Já o atendimento veterinário complementar aparece uma vez ao ano, com uma limpeza mais abrangente. Gatos jovens podem demorar alguns anos antes da primeira limpeza, especialmente pensando nas predisposições genéticas e no quanto o tratamento domiciliar está sendo eficaz.

Gatos mais velhos podem precisar de uma intercessão veterinária, em alguns casos, a cada seis meses. Tudo para que a dor de dente em gatos não altere seu comportamento e sua alegria de viver.

Gato listrado deitado na cama.
A prevenção é sempre mais indicada do que o tratamento, e aqui, na Seres, nossa equipe entende sua preocupação e seu amor pelo seu gato com dor de dente! Estamos sempre prontos a discutir as melhores soluções para manter seu bichano saudável e feliz.



quarta-feira, 18 de maio de 2022

O que fazer quando percebo meu gato babando com mau cheiro?

Nem sempre sabemos se o comportamento do nosso gato é normal ou não. Um dos acontecimentos que nos aborrece é o gato babando com mau cheiro. Não entendemos se isso é comum ou a demonstração de algum problema pior.

Gato deitado.

Vamos apontar algumas razões de ter um gato babando e quais sinais observar para identificar quando essa baba pode ser algo mais complicado e vai demandar uma consulta veterinária.

Gatos babam normalmente?

Sim, quando os bichanos estão felizes e relaxados ou sendo acariciados, nesses momentos, salivar é um comportamento normal. Porém, não são todos os felinos que demonstram esse comportamento.

Os gatinhos adotam esse hábito no início da vida. Se seu gato está mais velho e nunca teve esse comportamento, isso acende um sinal de alerta, ao menos para conversar com o veterinário sobre essa ocorrência repentina.

Espera-se que a saliva do seu bichano cheire como a comida que ele acabou de comer. Os alimentos moles ou enlatados podem piorar o hálito, pois a comida seca ajudaria a limpar os dentes da formação do tártaro.

Contudo, devemos estimular a alimentação úmida diariamente, já que o único malefício é muito mais “saudável” que a seca.

Quando um gato babando é um problema?

Existem várias condições de saúde que podem levar ao sinal clínico de salivação em seu gato, mas, com certeza, é importante comentar o mau cheiro com o veterinário, no momento da consulta.

Cheiros amoniacais, cítricos ou nauseantemente doces podem apontar para problemas internos do gato, desde problemas orais até infecções, ou mesmo mais graves, como diabetes ou câncer de fígado.

Doença dentária

Um gato doente pode apresentar apenas problemas dentais, seja inflamação da gengiva, seja inflamação da cavidade oral, presença de tártaro ou até cáries. Alguns gatos têm lesões dentárias reabsortivas, ou seja, o dente começa a ter cavidades e torna-se frágil, podendo fraturar.

Infecções respiratórias superiores

Alguns vírus residentes da parte superior do trato respiratório podem causar úlceras na região oral. Um dos sinais clínicos disso é o gato babando muito, mas também podemos ter: espirros, corrimento nasal, secreção ocular e falta de apetite ou sede.

Náusea

Quando não comem, os bichanos que salivam podem ficar enjoados. Por isso, podemos ter um gato vomitando e salivando, mas isso não é uma regra. Existem outros motivos para os gatos ficarem enjoados.

Gato branco olhando para a câmera.

Quais sinais clínicos são mais comuns?

Alguns gatos gostam de aproximar os focinhos de nossos rostos, permitindo-nos cheirar o hálito e perceber se há algum odor diferente no ar. Porém, muitos gatos não têm esse comportamento, então se atente a:

  • agressividade;
  • gengivas sangrando;
  • perda de apetite e de peso;
  • depressão;
  • excesso de saliva;
  • excesso de urina;
  • aumento de tamanho na face ou cavidade oral;
  • pelagem sem cuidado, gato fedendo;
  • vômito;
  • sede.

Durante a refeição, observe comportamentos diferentes, como: mastigar com a cabeça girada; deixar cair pedaços de comida; apresentar saliva avermelhada; começar a comer e pular para trás; ter dificuldade ao abrir ou fechar a boca.

Existe tratamento?

O tratamento para gato babando com mau cheiro depende da doença de fundo. Portanto, o médico-veterinário é o profissional adequado para realizar um diagnóstico preciso, seja um clínico geral, seja um homeopata ou outro especialista.

Por meio de uma consulta atenciosa e de perguntas precisas (anamnese), os profissionais procuram a causa da salivação com mau hálito e, a depender da especialidade, podem pedir exames complementares.

Nas doenças mais graves, como estomatite ou câncer, o tratamento do gato babando com mau cheiro depende de qual profissional vai acompanhar o caso. O importante é escolher técnicas que não firam suas convicções, mas sim se preocupem com o melhor bem-estar do seu bichano!

Prevenção do mau hálito com salivação

Como vimos, algumas doenças de base não têm prevenção. Ainda assim, é importante investir em consultas de rotina para o seu gato, de modo que pequenas alterações possam ser identificadas e corrigidas, quando for possível.

Desde cedo, ensine seu gatinho quanto pode ser agradável escovar os dentes. Converse com seu veterinário sobre técnicas e dicas de substâncias e escovinhas a serem usadas. Isso pode ajudar a prevenir a formação de tártaro, uma das causas do gato babando com mau cheiro. 

Como é a recuperação?

Recuperação de procedimentos é um tema controverso na veterinária, pois, ao mesmo tempo que existem valores médios, dependendo do que foi feito, cada animal vai responder de um jeito.

Seja porque seu bichano já é idoso, seja porque é jovem, tudo vai depender dos motivos que levaram ao gato babando com mau cheiro. Por exemplo, a recuperação de algo preso na gengiva deve ser bem diferente de alguma doença grave ou crônica.

Como a maioria dos gatos não deixa manipular a boca livremente, é necessário anestesiar o bichano. Se houver a remoção de um ou mais dentes nesse procedimento, a recuperação pode ser mais demorada. Então, é importante conversar com o veterinário e tirar todas as dúvidas.

Gato deitado.

Conte sempre com a equipe da Seres nesses momentos! Temos a paixão pelos pets como mola propulsora e a certeza de que um tutor bem orientado é nosso melhor aliado na recuperação do pet.



terça-feira, 17 de maio de 2022

Fiv e felv são viroses muito perigosas para os gatos

Fiv e felv são duas doenças distintas, mas que igualmente acometem os felinos domésticos e selvagens. São enfermidades causadas por vírus e que trazem muitos malefícios à saúde desses animais.

gato de perfil

O vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV) são as doenças virais mais temidas dos gatos, pois apresentam diversas formas de provocar sintomas graves e óbito dos animais acometidos.

Vírus da leucemia felina

Vamos começar com essa doença devido à sua complexidade. Gatos que testam positivo para essa enfermidade podem debelar a infecção e, se testados posteriormente, podem ser negativos.

Normalmente os gatos que desenvolvem a infecção, os considerados “abortivos”, não chegam a testar positivo no exame. Os que chegam a testar positivo e depois negativam possuem a doença e são chamados de “regressores”. A retestagem, na maioria dos casos, é indicada após 30 dias para FeLV e 60 dias para FIV.

O vírus é facilmente espalhado entre animais que vivem juntos, daí vem a importância de testar todo felino novo que vai adentrar a família ou abrigo. Ele também passa da mãe para os filhotes, tanto na gestação quanto na amamentação, e entre gatos que brigam. Ele é transmitido pela saliva.

Então, devido ao comportamento de os gatos se banharem uns aos outros, se morderem em uma briga, compartilhar potes de comida e água é muito fácil que a felv seja transmitida entre os felinos.

Além da saliva, o vírus da leucemia felina está presente nas secreções nasais, na urina, nas fezes e no sangue dos animais infectados. Assim que ele adentra o corpo de um gato, pode seguir três caminhos:

No primeiro, o felino combate o vírus e o elimina com sucesso, não demonstrando sinais de doença nem de infecção. Hoje sabemos que durante a vida o animal pode transitar entre as duas formas, regressor e progressor. Ser agressor não significa necessariamente que terá doença clínica.

O animal felv positivo não apresenta nenhum risco à saúde de seus tutores e tampouco a outras espécies de animais, pois esse vírus é capaz de infectar somente os felinos.

E quais são os sintomas da infecção pelo felv?

A felv felina é muito versátil. Ele pode provocar sintomas inespecíficos, como pelagem sem brilho, infecções cutâneas ou respiratórias, fraqueza, perda de peso, doenças oculares, anemia, diarreia, gengivas inflamadas ou pálidas, tumores e febre.

É fácil diagnosticar a felv?

Sim, a fiv e felv são diagnosticadas com um exame de sangue. Todos os gatos devem ser testados para felv, principalmente se é um felino novo, a ser introduzido na família, pois a doença não tem cura.

Também é importante testar todo gato doente, uma vez que os sintomas são inespecíficos e podem se confundir com qualquer outra doença dos felinos. Gatos com estilo de vida de risco devem ser testados para fiv e felv e, depois, se possível, passar a viver dentro de casa sem acesso à rua.

Existe como prevenir a felv?

Sim. É importante que o gato não saia à rua e não tenha contato com outros gatos que sejam portadores do vírus. A vacina contra a felv existe e é bastante eficaz, porém, não atinge eficácia de 100%. Por isso, além da vacinação, o animal deve ser mantido exclusivamente dentro de casa. Converse com seu veterinário de confiança para saber se seu amigo precisa ser vacinado.

Meu gato é felv positivo, o que devo fazer?

O gato deverá ser avaliado semestralmente, com realização de exames de sangue e, anualmente, ultrassom. Tal cuidado permitirá que possíveis síndromes associadas a FeLV sejam detectadas precocemente.

Uma boa dieta é importante, assim como a castração, que evita que o gato queira sair de casa e diminui o estresse e a chance de se contaminar com outras doenças e contaminar outros gatos com a felv.

gato dormindo em vaso

Vírus da imunodeficiência felina

Esta doença também é chamada de Aids felina, pois tem as mesmas características da doença causada pelo vírus imunodeficiência humana. O mais importante é saber que o vírus da imunodeficiência felina não afeta os seres humanos.

Gatos machos não castrados, com acesso à rua desacompanhados, ou que vivem em abrigos ou locais de alta aglomeração de felinos são os animais de mais alto risco de desenvolver a fiv.

O vírus da imunodeficiência felina é transmitido pela mordida profunda que os gatos dão no momento da relação sexual e nas brigas. Ele não passa através do contato, então gatos positivos podem compartilhar potes de comida e de água e caixas de areia com seus contactantes.

Gatos com fiv apresentam sintomas como febre, anemia, perda de peso, infecções constantes e que não melhoram como esperado, úlceras na gengiva, doenças de pele, respiratórias e no trato gastrointestinal.

É uma doença que não tem cura, porém os gatos com fiv vivem muito bem, desde que mantenham sua imunidade boa. Se seu amigo é fiv positivo, mantenha-o longe do contato com gatos doentes.

Para a fiv felina não existe uma vacina no Brasil e mesmo nos países que ela é comercializada o seu uso é controverso. Então, a melhor forma de prevenir essa doença é não deixar seu animalzinho sair para a rua.

A fiv e felv pedem acompanhamento rotineiro com o veterinário, além de manter o ambiente calmo e sem fontes de estresse para o felino, pois é sabido que o estresse é imunossupressor.

gato deitado no chão

A fiv e felv são doenças graves e que interferem na saúde e bem-estar do seu amigo. Caso tenha dúvidas ou precise de ajuda profissional, traga seu gatinho para uma consulta na Seres.



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