sexta-feira, 25 de março de 2022

Oncologia veterinária: uma especialidade muito importante

A medicina veterinária evoluiu muito, principalmente nos últimos 15 anos. Novas especialidades surgiram e outras se aprimoraram, como é o caso da oncologia veterinária.

oncologia veterinaria

Com o aumento da expectativa de vida dos animais, bem como do maior cuidado da população e da modernização dos meios de diagnóstico, cresceu o número de cães e gatos que se beneficiam dessa importante especialidade da veterinária. Esses recursos ampliaram as opções de tratamento e o número de animais com acesso a esses cuidados. 

Mas o que é oncologia? A palavra deriva de “onkos”, que significa massa, volume ou tumor, e de “logia”, que quer dizer estudo. Então, oncologia é a ciência médica que estuda o tumor.

Tumor é considerado como aumento de volume em alguma região no corpo  e geralmente as neoplasias cursam com sinais de tumores, sendo que as neoplasias são divididas em benignas ou malignas, onde as malignas são mais conhecidas como câncer. Sendo assim, o oncologista veterinário é o profissional responsável pelo tratamento das neoplasias nos animais.

Esse profissional aprende sobre as ciências básicas da biologia celular, fisiologia e patologia para compreender o câncer nos pequenos animais, o que inclui uma enorme variedade de doenças complexas e de comportamentos distintos.

E o que faz um oncologista? Ele realiza diversas abordagens diagnósticas e planeja o melhor tratamento para cada indivíduo para que essa terapêutica possa proporcionar bem-estar e maior sobrevida ao paciente.

Causas de neoplasias em animais de companhia

De acordo com os oncologistas veterinários, as causas dos tumores são diversas, sendo as mais comuns a idade avançada, a predisposição genética do indivíduo, as mutações celulares por fatores externos estressantes e outras patologias pré-existentes.

Principais doenças oncológicas em cães e gatos

Em primeiro lugar ficam os tumores mamários em cadelas não castradas. Estudos mostram que fêmeas caninas castradas antes do primeiro cio têm somente 0,5% de chance de desenvolver tumores de mama.

Essa probabilidade aumenta para 8%até o segundo cio e para 26% até o terceiro cio, sendo que a partir do terceiro cio a castração já não promove a prevenção dos tumores de mama.

Na oncologia veterinária, os cânceres de pele também são bastante comuns, principalmente em animais de coloração branca com pele rosada. Eles afetam mais os felinos que os caninos em relação aos carcinomas.

Porém, maior ocorrência de mastocitomas cutâneos em cães em comparação aos felinos, entretanto para esses casos a influência de exposição solar não ter participação direta na ocorrência dos mastocitomas

Há grande destaque para os tumores hematopoiéticos (de origem no sangue), como as leucemias e os linfomas. No gato, há um vírus causador da leucemia felina, que pode aumentar o risco de desenvolvimento de pela de linfomas.

Sintomas observados nos animais com câncer

Os sintomas vão variar conforme o tipo de tumor que está acometendo o animal, mas os principais sinais que podem levar a suspeita de um câncer é a presença de nódulos pelo corpo sem causa evidente, ferimentos que não cicatrizam, sangramentos sem justificativa, perda de peso, mudanças de comportamento, dentre outras. 

oncologia veterinaria

Os sinais mais específicos são aumento de volume abdominal, nódulos na pele, mucosas pálidas, sangramentos espontâneos, dificuldade para respirar ou engolir, convulsões e alterações de comportamento. O acompanhamento com um profissional médico veterinário é de grande auxílio para confirmação desses diagnósticos. 

Como o diagnóstico de câncer é feito nos animais

Os tumores em animais têm diferentes formas de diagnóstico e variam de acordo com a suspeita do oncologista veterinário. A melhor forma é determinada na consulta com esse especialista. Quanto antes o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de tratamento.

O profissional poderá solicitar exames de sangue, citologias, biópsias, raio x e ultrassom, sendo os mais comuns ultrassom abdominal, tomografia e ressonância magnética. Esses exames podem ser solicitados para o diagnóstico e o acompanhamento do tratamento.

Possíveis tratamentos para os tumores

Os tratamentos são indicados conforme o tipo de tumor que o animal apresenta. Uma forma de tratamento oncológico que é bastante utilizada é a cirurgia para a retirada do tumor, quando possível.

A quimioterapia é a modalidade de tratamento medicamentoso mais conhecida. Pode ser administrada por via oral, subcutânea, intravenosa ou intratumoral. A escolha é sempre feita pelo oncologista veterinário.

A radioterapia é utilizada associada à quimioterapia ou como terapia única. Trata-se do emprego de radiações ionizantes, como o raio x, para matar as células tumorais ou impedir que elas se multipliquem ou se alastrem. Durante a sessão de radioterapia, o animal não sente dor.

Existe também a eletroquimioterapia, que é a combinação da quimioterapia com o uso de pulsos elétricos. Esse tratamento tem como objetivo auxiliar a penetração do medicamento no interior da célula tumoral e normalmente não está associado a efeitos adversos no corpo, sendo considerado como uma alternativa de tratamento local.

Estudos da oncologia veterinária mostram uma boa resposta da imunoterapia em alguns tumores. Essa terapia objetiva estimular o sistema imunológico para que ele controle o crescimento do câncer.

Terapias complementares

É crescente o número de profissionais que atuam com terapias complementares na oncologia veterinária. Um destaque é o uso da nutrição diferenciada e nutracêuticos para o paciente oncológico.

Na medicina humana, alguns fatores alimentares já estão bem relacionados ao surgimento do câncer, como a obesidade, o alto consumo de carboidratos ou de alimentos de baixo valor nutritivo, o baixo consumo de fibras e dietas desequilibradas no que diz respeito aos ácidos graxos.

Nos animais, os estudos são escassos, mas cada vez mais os médicos-veterinários acreditam que essa relação também seja verdadeira para seus pacientes, que apresentam alterações metabólicas já elucidadas.

Além da nutrição como terapia complementar, acupuntura, fitoterapia, homeopatia, ozonioterapia e homeopatia estão sendo muito procuradas pelos tutores de cães e gatos que desenvolvem tumores.

Independentemente do tipo de neoplasia que seu amigo apresentar, ele precisará de cuidados veterinários e muito carinho. É preciso ter esperança e confiança no tratamento proposto.

oncologia veterinaria

O diagnóstico de câncer é algo que nenhum tutor quer ouvir, mas, se ele ocorrer, seu animal deve ser acompanhado por especialistas da oncologia veterinária. Nós, da Seres, temos uma equipe bem preparada e pronta para atender seu peludo. Conte com a gente!



segunda-feira, 21 de março de 2022

Gato tremendo? Algo pode estar errado. Fique atento!

Ver um gato tremendo pode ser motivo de grande preocupação para os tutores. Porém, algumas vezes, não há razão para isso: se ele estiver dormindo, significa que está sonhando. Quando o pet ronrona, o corpo dele também pode tremer.

Gato deitado no chão.

Por outro lado, existem momentos em que devemos nos preocupar, por exemplo, se o tremor vier acompanhado de outros sintomas. Entenda os motivos que podem levar seu felino a tremer.

Gato tremendo: o que pode ser? 

Ter um gato em casa é motivo de muito prazer. Vários tutores passam boa parte do dia observando o animal fazer peripécias e ouvindo os “barulhinhos” peculiares que ele faz, o que é muito bom porque, assim, é possível notar qualquer coisa diferente no pet.

Você já deve ter observado seu gato tremendo dormindo. Bom, ele pode estar sonhando! Quando os gatos estão em sono profundo (REM), os olhos reviram, as orelhas buscam sons, e outros movimentos involuntários acontecem por todo o corpo deles — isso é normal e ocorre com os humanos também.

O gato tremendo e dormindo ainda pode ser sinal de frio. Faça um teste e coloque um cobertor sobre ele. Se a tremedeira parar, problema resolvido! Afinal, quem não gosta de descansar quentinho e confortável?

Caso você veja o gato tremendo a cauda, não se preocupe, é pura declaração de amor por você! Se ele aponta o rabo para o alto, tremelicando-o, e vem em sua direção, retribua esse gesto de amor acariciando-o. Ele vai amar!

Alguns gatos podem ronronar tão alto e de forma tão intensa que é possível vê-los tremendo, principalmente na caixa torácica. Isso também é normal: é só a vibração do som do ronronado no tórax do bichano.

O gato pode tremer quando está assustado, estressado ou com medo. Uma pessoa diferente na casa, um animal novo na vizinhança ou até um cheiro estranho é capaz de causar esse sentimento nele. Tente verificar o motivo e, se for possível, afaste-o do bichano.

Causas em que devemos nos alertar

Agora, vamos falar sobre algumas formas de tremor que são preocupantes. Caso note alguma dessas alterações, não fique só observando seu pet: busque ajuda veterinária imediatamente.

Dor

Se seu gato está com dor, ele pode tremer. Caso o pet tenha passado por algum procedimento cirúrgico recente, procure o veterinário que fez a cirurgia para se orientar. Se este não for o caso, tente identificar a região que está doendo e busque ajuda veterinária.

Febre

A hipertermia é a elevação da temperatura corpórea acima do normal. Ela indica que o sistema imunológico está ativo contra algum invasor, tentando combatê-lo.

O centro regulador da temperatura do corpo é o hipotálamo, que causa a febre. O aumento da temperatura corpórea faz com que o organismo se transforme em um lugar inóspito para o microrganismo agressor. Portanto, é uma forma de defesa contra bactérias, vírus, protozoários e outros patógenos. 

Além de ser causada pela invasão dos micróbios, a febre pode ser decorrente de inflamação, insolação e alguns tumores malignos. Pode vir acompanhada de tremores, perda do apetite, fraqueza no corpo e dor nos músculos.

Se a febre for muito alta, causa alucinações (o gato pode miar alto ou rosnar sem motivo), irritação ou convulsões, podendo gerar alterações na pressão arterial e nos batimentos cardíacos, sendo considerada perigosa neste caso.

Hipoglicemia

A hipoglicemia acontece quando os níveis de glicose (açúcar) do sangue estão abaixo do normal. Essa queda pode acontecer com mais facilidade em filhotes. 

Gato deitado.

Tríade neonatal

Um gato filhote tremendo é um dos sinais da tríade neonatal. Este período vai do nascimento até aproximadamente os 30 dias de vida. É um momento delicado, em que o filhote necessita muito do suporte materno, pois não consegue regular a própria temperatura sozinho.

Ela acomete principalmente filhotes órfãos ou de mães mais descuidadas ou inexperientes. Ocorre hipotermia (temperatura corpórea baixa), desidratação e hipoglicemia. O filhote rapidamente fica letárgico, extremamente fraco, não consegue mais mamar sozinho e deve ser levado para o veterinário imediatamente.

Diabetes mellitus

Um animal diabético pode ter hipoglicemia se receber uma dose alta de insulina ou estiver em fase de remissão da doença. Além dos tremores, ele apresenta fraqueza, incoordenação motora, andar cambaleante, desmaio ou convulsão.

Outras causas de hipoglicemia

A queda da glicose no sangue pode ser decorrente de doenças sistêmicas, como desequilíbrios hormonais, problemas no fígado ou no rim, septicemia ou intoxicações por produtos de limpeza, pesticidas e “chumbinho”.

Qualquer que seja o motivo da hipoglicemia, ela deve ser tratada como uma emergência veterinária. O felino precisa receber ajuda imediata, pois a diminuição brusca da glicose pode afetar o cérebro de forma irreversível.

Problemas neurológicos

Qualquer variação no sistema nervoso causa alterações comportamentais e posturais no animal afetado. Além do gato tremendo, é possível observar agressividade, andar compulsivo pela casa, desequilíbrio, perda da visão, incoordenação motora e convulsões.

O gato tremendo e vomitando pode indicar alterações no labirinto ou no cerebelo. É comum felinos com otite média, aquela que ocorre depois do tímpano, ficarem com tontura e apresentarem esses sinais.

Tremor da cabeça

Um gato com a cabeça tremendo pode ser indício de traumatismo craniano, encefalites, meningites, viroses ou intoxicações medicamentosas. No felino, é comum isso ocorrer após a administração da metoclopramida, um medicamento para vômito muito usado para humanos.

Tremor nas patas

O tremor no membro pode indicar dor na região devido a algum trauma, fraqueza ou lesão na medula espinhal. O gato tremendo as patas traseiras e sendo diabético pode indicar a neuropatia diabética. Além do tremor, o felino pode apresentar andar cambaleante, apoio anormal do membro, dor ao toque e inchaço do membro.

Gato deitado.

Um gato tremendo pode estar somente com frio ou sonhando com uma deliciosa presa. Porém, se a tremedeira persistir, observe se vem acompanhada de outros sintomas. Caso isso aconteça, procure-nos. A Seres tem tudo que seu bichano precisa para ficar bem!



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